sábado, 8 de dezembro de 2007

No c* do mundo

Antes de me lançar a esta viagem naturalmente que falei com todas as (duas) pessoas que conhecia que tinham vindo à nova Zelândia, e os meus amigos não deixaram de relatar em segunda mão as impressões que as pessoas que conheciam tinham, por sua vez, recolhido por estas paragens: um deles tinha-me dito que eu iria ter, a julgar pela experiência que lhe tinham relatado, a clara sensação que estás longe de tudo, no cu do mundo.

Se consciente ou subconscientemente me sentia longe, quanto mais não seja porque o endereço deste blog, que tenho actualizado sempre que possível, que me recorda o quão longe isto é, confesso que só hoje me apercebi o perto que estou do orifício traseiro do planeta.

No teleférico com vista panorâmica sobre Christchurch, a dez quilómetros do centro, onde cheguei com a (preciosa) ajuda do GPS para matar as duas ou três horas livres que tinha para conhecer a cidade, estava uma tabuleta, daquelas que indicam as distâncias do ponto em que estamos para várias cidades do Mundo, semelhante às que já tinha visto em lugares tão díspares quanto Kathmandu e João Pessoa.

O que chamou a minha atenção não foram os 18.970 km que me separam de Londres, ou os 18.631 de distância para Frankfurt, a última escala do meu vôo para Lisboa. Afinal, a ida e volta daqui a Lisboa é equivalente a dar uma volta completa ao Globo.

O que me chamou a atenção foi um dos destinos, que não era uma cidade, mas provavelmente o sítio mais longínquo que pode ocorrer a qualquer português, mas que daqui dista apenas 3.700 Km, menos que Lisboa-Moscovo em linha recta: o Pólo Sul....

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