terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Os últimos dias longe

Entrei agora na última semana da minha viagem. À hora do almoço de sexta abandonarei Auckland e, com a ajuda do meio dia que vou recuperar em fusos horários, às primeiras horas da manhã de Sábado estarei de volta a Lisboa.

Pelo facto de ter trazido o computador portátil com o objectivo, aliás cumprido, de criar e alimentar um diário online da experiência, acabei também por não perder inteiramente o contacto com o meu Mundo: esqueci-me que o Porto jogava contra o Benfica, mas não deixei de ter a informação do resultado nas 24 horas seguintes, graças ao apoio de quem ficou no escritório não me preocupei com trabalho nas últimas semanas, mas recebi todas as boas notícias em primeira mão (e hoje voluntariei-me para as primeiras reuniões após o regresso).

Tem sido uma proximidade estranhamente distante, no entanto, até porque mantive hábitos totalmente distintos dos que trazia de casa: houve dias em que deitei na cama quando os últimos raios de Sol ainda iluminavam o céu, e várias noites em que acordei, estranhamente, por mim mesmo, porque a manhã já tinha tido o seu início, e mesmo cansado algo me impelia a levantar-me.
Foi também possivelmente o mais longo período de tempo que passei totalmente afastado do meu ambiente quotidiano, dos sítios, hábitos e pessoas que normalmente rodeiam a minha vida.

Não sei se voltarei ter oportunidade de repetir a experiência; o que sei é que saio dela enriquecido, nem que seja pela forma como o tempo que não dediquei aos outros se pareceu multiplicar para a leitura, o pensamento e a escrita, e como dei por mim com mais tempo e abertura para observar o que me rodeava.
Tenho mais uns dias, que vou aproveitar ao máximo. E com isto não quero apenas dizer que vou aproveitar os últimos dias de férias. Mais do que isso, quero aproveitar ao máximo os últimos dias em que estou longe.

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